domingo, 12 de janeiro de 2014

Dói

o sentir-se,
o sentirmo-nos

na ilusão do mútuo.
do porvir.
da calma do balançar da rede.
do prazer da expectativa.
do muito.
do nós.

Anestesia. 

domingo, 26 de agosto de 2012

Parênteses


(Você sorri.
Os batimentos cantarolam sem que eu os possa conter:
dói e conforta saber que sempre irei todas as vezes em que você me chamar.
Te culpo. E te agradeço.)


sexta-feira, 6 de julho de 2012

11h35

E agora?

domingo, 10 de junho de 2012

Reprise


Você surge como brados, gritos incontidos;
fecho os olhos, asfixio espelhos e me entrego ao deleite.

Mas peço desculpas às minhas expectativas,
a todos os sorrisos audaciosos, tão pretensiosos
e ao afeto que permiti escapar pelos carinhos.

Falhei.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Verso moço #2

Que emanem por agora os próximos devaneios fugazes.
E que nunca desperte ao acordar.

Evo. Efêmero.

Verso moço #1

Olhar
que cobre seus medos,
seu corpo, seu sorrir,
que te dá presentes com as mãos vazias;
olhar bobo, olhar sem lar.


sábado, 31 de outubro de 2009

Eu desespero e abraço a tua ausência.

(Hoje - Taiguara)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Resquícios

Sinto o amanhecer, o pôr-do-sol, o castanho-claro,
os perfurmes e os gestos dispersos no ar.
O sorrir, o amor, o silêncio e os sons
calados e atroantes.

Invento sorrisos, cantigas.
Adormeço sob relâmpagos e contrastes
vulgares dos demasiados preto e branco.

Canto ao desalento, ao vento.
Traço na areia os céus.
A lua que nasce, o abismo.
Os olhos sucumbidos por sonhos e devaneios.

Lamento
ternas palavras e carinhos.

A brisa, o azul, as flores, o verão
o futuro, o começo, o outono, mãos dadas.
Doravante, tudo é fim.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Duas primaveras

Desaprendi a escrever.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Letra amarga pra modinha - variação" Drummond, meu amor.

Gosto de ti com desgosto
quando contemplo teu rosto.

Quando teu rosto contemplo
vejo nele o mau exemplo
da beleza sem piedade.

Traída está em teu rosto
sob o carinho suposto
a secreta falsidade.

Te gosto contra meu gosto
e ao contemplar o teu rosto
o encanto é puro desgosto.

Quando teu rosto contemplo
é como encontrar no templo
o Demônio entronizado.

É triste ver em teu rosto
feito fogueira de agosto
essa glória do pecado.

Fecho os olhos de desgosto
mas sempre vejo seu rosto.